As opiniões e justificativas sobre colocar ou não na foto do perfil o selo “open to work” são variadas e se dividem em vários posicionamentos, gostaria de dividir com você a minha opinião sobre.
Em duas publicações que fiz aqui no LinkedIn, respondendo às perguntas que chegaram inbox sobre esse assunto, compartilhei minhas primeiras impressões e pedi para que as pessoas aqui da rede me falassem sobre o que elas pensavam sobre o selo também.
A repercussão me surpreendeu! Recebi muitas percepções valiosas, vertentes inéditas dessa discussão que até o momento não havíamos considerado para pensarmos até que ponto o uso do selo “open to work” beneficia ou não os usuários do LinkedIn. Tanto que me comprometi a analisar e reunir todos os contrapontos levantados, imparcialmente, e abordá-los neste artigo para aprofundarmos um pouco mais o assunto.
E aqui estou dividindo estas opiniões com vocês!
Ma antes de abordar sobre as mesmas, gostaria de agradecer a todos os envolvidos! Algumas pessoas que participaram dessa discussão fizeram, inclusive, um teste em seus perfis, alternando os períodos que usavam ou não o selo, para medirem a variação do seu engajamento e interação na rede – um experimento valioso para medir!
Entre as pessoas que usam ou que já usaram o selo por algum tempo:
Há quem percebeu um aumento significativo de pedidos de conexões e visitas no perfil e, inclusive, foram procurados por recrutadores e convidados a participarem de processos seletivos. De forma geral, a maioria delas percebeu uma maior movimentação em suas redes.
Algumas pessoas não notaram diferença nenhuma no engajamento do seu perfil.
E ainda participaram aqueles que não tiveram uma experiência positiva ao usá-lo, ao contrário, muitas conexões foram desfeitas, não tiveram seus convites aceitos. Sentiram-se desprezados e com menor receptividade ao desenvolverem networking.
Coincidência ou não, há quem se recolocou só depois que tirou o “open to work” do perfil.
A unanimidade só prevalece quando dizem ser um equívoco julgar “desesperado” quem faz uso do selo, mesmo reconhecendo que infelizmente ainda encontramos - e muito - essa interpretação na rede.
Tive a participação de profissionais de Recrutamento e Seleção que disseram procurar por profissionais “open”, outros se posicionam neutros diante o uso do selo, tendo em vista que o perfil profissional é o que realmente importa, esteja esse profissional dentro ou fora do mercado.
É meus amigos, mas a discussão não para por aí, ela só melhora!
E aqui, deixo meu sincero agradecimento ao @Roberto Torreão Viana de Melo, que prontamente contribuiu para essa discussão tão valiosa, dividiu comigo insights importantíssimos que precisamos muito considerar na decisão de usar ou não o selo, e que agora compartilho com vocês.
O selo “open to work” no LinkedIn pode facilitar o processo de se posicionar “disponível ao mercado”, mas pode diminuir a margem, por exemplo, de uma negociação salarial, de uma nova posição ou cargo. Quando estamos declaradamente “open”, as empresas sempre estarão um passo à frente nessa negociação por saber que eu estou fora do mercado e disponível para uma nova oportunidade, ou mesmo inserido no mercado, mas por algum motivo, quero mudar a minha atual posição.
Vocês percebem que mesmo na melhor intenção de utilizar e interpretar o uso do selo “open to work”, essa percepção faz muito sentido?!
Outra percepção brilhante é analisar o uso do selo da seguinte forma: quando eu estou “open”, eu estou aberto ao trabalho, mas não para qualquer trabalho, por qualquer remuneração ou cargo. Nesse cenário quem faz uso do selo assume um posicionamento ativo - com protagonismo, e não passível de ser ou sentir-se desvalorizado.
Incrível como essa ferramenta dá margem para tantos posicionamentos!
E o que concluímos com tudo isso?
Que não há certo ou errado quanto ao uso do selo “open to work”, na verdade há um fator muito maior e decisivo aqui:
VOCÊ DEVE ANALISAR O QUE PARA VOCÊ É INTERESSANTE DE ACORDO COM O SEU POSICIONAMENTO PROFISSIONAL NO MERCADO - ou seja é interessante ou não deixar explícito que você está procurando emprego, isso irá impactar na empresa que hoje você
atua?
Entre outras perguntas, se questione:
Qual a sua estratégia de posicionamento profissional no LinkedIn?
Como você desenvolve sua marca pessoal, e como você vende sua imagem?
Qual o seu ritmo de interação e engajamento na rede?
Como você trabalha sua rede de networking?
Responda para si mesmo à essas perguntas e terá a resposta se faz sentido ou não utilizar o selo no seu perfil.
Independente se você tem um posicionamento contrário ou favorável ao uso do selo, compreenda que a construção da sua imagem profissional vai muito além disso, é um conjunto de ações, é feito de movimentos que façam sentido no seu atual momento de carreira e na conquista dos seus objetivos.
Espero ter contribuído de forma a enriquecer a sua percepção sobre esse tema.
E não deixe de compartilhar suas ideias comigo, vou te esperar!
Como Consultora de Carreira tenho ajudado +3.500 profissionais de diversos segmentos e áreas de atuação a se recolocarem no mercado de trabalho ao longo dos 10 anos que possuo minha empresa em Consultoria de Carreira.
Como cheguei ali em cima?☝️
Psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas e vivência no exterior. Possuo + de 17 anos de experiência na área de RH, onde desenvolvi ao longo da minha carreira diversos trabalhos como Consultora Interna e Externa, trabalhando em diferentes projetos no setor de RH, atuando como Analista e Coordenadora de RH em empresas nacionais de médio e grande porte.
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