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Como lidar com a Demissão?

Atualizado: 12 de abr.

Infelizmente não estamos acostumados a falar sobre demissão, nossa cultura não aborda isso com naturalidade. Pelo contrário, a maioria dos profissionais pensam: “O que minha família vai pensar..." "Como irei falar isso para meu cônjuge e filhos… " "Como vou abordar nos processos seletivos que fui demitido...", "Como isso pode acontecer comigo?..." "O que eu fiz de errado?"

O profissional se sente incapaz, impotente, rejeitado, desmotivado, com baixa estima e culpado pelo ocorrido. A demissão é percebida por muitos como algo feio, destrutivo e errado.

Além do sentimento de traição, um processo de demissão suscita outra emoção que é muito difícil de lidar: a rejeição. O ser humano é social por natureza, e quando se é excluído de determinado grupo, sente a decepção - uma expectativa frustrada da falta de apoio daqueles que se passou por algum tempo dividindo um mesmo espaço físico, psicológico e/ou emocional - intensificado estes sentimentos por quem permaneceu por mais de 10 anos em uma mesma organização.

A demissão, é algo natural! É o fechamento de um ciclo, faz parte das perdas necessárias que devemos passar em nossa vida para algo melhor surgir. Um ciclo só é encerrado quando o processo foi concluído, e dele só podemos tirar lembranças e aprendizagem. O fechamento só pode ser feito de forma consciente. É possível que não haja mais ao que se apegar, mas mentalmente ainda estamos conectados. Deixar ir é uma maneira de reconhecer a nova realidade. Deixar ir, é abrir mão da dependência e expectativa para poder crescer!

E para deixar ir, é necessário elaborar e passar pelas fases do luto que toda a crise demissional provoca na constituição do self psíquico. Entender as fases, auxilia você a sair da crise de forma mais leve, faz com que você se prepare psicologicamente e emocionalmente para os futuros processos seletivos e para uma nova oportunidade.

Vamos entender mais sobre as fases, a fim de você ter uma melhor percepção do processo:

Primeiro estágio: Negação

Consiste em uma fase de negação do acontecimento; a pessoa não acredita, acha que pode haver enganos. Esta fase está sujeita a ser vista como forma de defesa de algo improvável e pode durar minutos ou até mesmo anos . O profissional se coloca em dúvida, não acredita, pode achar que o outro está mal intencionado por ter realizado a demissão, tem dificuldade em ter a clareza desta realidade, pode querer esquecer isso e até mesmo buscar fatos e argumentos que negam a realidade.

Segundo estágio: Raiva

Sentimento de raiva, dor, medo e culpa que podem variar muito em intensidade e freqüência. Esta fase é a mais delicada, a pessoa está incongruente e pode ter atitudes desagradáveis, como falar mal da empresa e dos colegas de trabalho, não honrando todo o tempo e aprendizagem que obteve na organização. Sente raiva de quem informou, do fato que causou, de alguém que poderia ter evitado, e se sujeita até a questionar como o ocorrido foi injusto, podendo ter reações imprevisíveis.

Terceiro estágio: Negociação/Barganha

A revolta anterior não trouxe alívio, aí vem os pensamentos sobre fazer algo para reverter o acontecido. O profissional procura conversar com todos os ex colegas, para tentar entender o ocorrido, verifica como a empresa está se "virando" sem sua presença, por vezes, pode pensar em uma estratégia para voltar a trabalhar na empresa como um "milagre''.

Quarto estágio: Depressão Situacional

Fase de grande sofrimento, quando o sujeito começa a verificar a diferença em sua rotina, o acordar para começar a rotina de trabalho não existe mais, sentimento de vazio, solidão e confusão mental - começa a procurar novos mecanismos de identificação para um objetivo em carreira, porém tem pensamentos ruminantes e "caminha em círculos" não chegando a nenhuma tomada de decisão efetiva. O profissional se isola, repensa sobre a vida, procura tomar atitudes, mas muitas vezes não encontra "forças" e pensamentos lógicos e racionais para suas decisões em carreira.

Quinto estágio: Aceitação

Com o sofrimento um pouco mais suavizado, a pessoa faz reflexões e tem percepções mais congruente de sua situação atua;, consegue ter “tranquilas expectativas”, facilitando a aceitação do ocorrido e com possibilidades de reação. Percebe que nem tudo em sua vida está acabado e perdido, mesmo com dificuldades e limitações, identifica novas formas de se reestruturar, começa a perceber as oportunidades, seja um novo emprego e ou o despertar de um projeto empreendedor. Sabemos que esse é um momento delicado e difícil, temos que ter atenção de transitar por todas as fases com consciência e focar no que está sob seu controle para passar pela demissão de uma forma saudável! Caso você perceba que está com dificuldades de aceitar sua demissão, procure um atendimento psicológico. E acredite - esse momento vai passar e você poderá levar grandes aprendizados com o ocorrido!




Logo Karine Mueller

Como Consultora de Carreira, tenho ajudado +3.500 profissionais de diversos segmentos e áreas de atuação a se recolocarem no mercado de trabalho ao longo dos 10 anos que possuo minha empresa em Consultoria de Carreira.

Como cheguei ali em cima?☝️

Psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas e vivência no exterior. Possuo + de 17 anos de experiência na área de RH, onde desenvolvi ao longo da minha carreira diversos trabalhos como Consultora Interna e Externa, trabalhando em diferentes projetos no setor de RH, atuando como Analista e Coordenadora de RH em empresas nacionais de médio e grande porte.

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